Após nove anos de caçada, Mai Suárez foi detido com arsenal e veículos de luxo no Paraguai
Apontado como um dos principais narcotraficantes da fronteira com Mato Grosso do Sul, Eugenio Suárez Valiente, o “Mai Suárez”, foi preso nesta sexta-feira (25) em Capitán Bado, cidade paraguaia vizinha de Coronel Sapucaia, a 396 quilômetros de Campo Grande, durante operação da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas).
Eugenio Suárez Valiente, conhecido como “Mai Suárez”, foi preso em Capitán Bado, Paraguai. Apontado como um dos principais narcotraficantes da fronteira com Mato Grosso do Sul, sua prisão ocorreu durante operação da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai. Armas, munições, joias, dinheiro e veículos de luxo foram apreendidos. Suárez era procurado há nove anos e estava envolvido em diversos crimes, incluindo tráfico de drogas, armas e homicídios. A prisão é considerada um grande golpe contra o crime organizado na região de fronteira entre Brasil e Paraguai. Ele atuava no fornecimento de maconha para facções brasileiras como o Comando Vermelho e o PCC.
Com ele, foram apreendidos armas de grosso calibre, munições, joias, dinheiro em três moedas e duas caminhonetes de luxo sem documentação.
Segundo o Ministério Público do Paraguai, Mai foi acusado por posse ilegal de armas e receptação. A promotora Rossana Coronel já solicitou a prisão preventiva do investigado. A operação ocorreu após três mandados de busca simultâneos em imóveis suspeitos de funcionar como centros de armazenagem de drogas e armamentos usados por grupos criminosos da região.
Foram apreendidas uma escopeta, pistola, revólver, carregadores de fuzil, cartuchos de diversos calibres (9 e 5.56 milímetros), colete balístico, além de celulares, documentos e quantias em guarani, real e dólar. Os veículos, uma Mitsubishi Outlander blindada e uma Toyota Fortuner, estavam sem documentação.
A prisão encerra uma caçada que já durava pelo menos nove anos. Em 2016, Mai Suárez escapou de uma tentativa de execução em plena luz do dia, também em Capitán Bado. Ele dirigia uma Pajero blindada com placas de São Paulo quando foi atacado por homens armados em uma caminhonete Triton. Saiu ileso e foi preso em seguida, por estar foragido à época.
Dois anos depois, em 2018, o nome dele voltou a aparecer nas investigações da morte do vereador Cristóbal Machado Vera, executado a tiros em via pública na mesma cidade. O crime foi encomendado por um traficante brasileiro, que teria pago R$ 50 mil a Marcio “Aguacate” Sánchez, apontado como chefe de um grupo de pistoleiros comandado por Mai. A motivação teria sido um desacerto na venda de uma carga de maconha, que acabou apreendida após suposta delação do vereador à polícia.
Desde então, Mai Suárez passou a figurar como peça-chave no abastecimento de maconha para facções brasileiras, como o Comando Vermelho e o PCC (Primeiro Comando da Capital), atuando no eixo Pedro Juan Caballero/Ponta Porã e expandindo influência sobre rotas do tráfico e contrabando de armas na linha de fronteira.
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