Entre os 94 tribunais analisados em 2025, só 19 atingiram 100% dos padrões de qualidade do CNJ
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) divulgou o resultado da 8.ª edição do Ranking da Transparência do Poder Judiciário. O levantamento avalia a qualidade das informações disponibilizadas pelos tribunais brasileiros para a sociedade, com o objetivo de estimular uma comunicação mais clara, acessível e padronizada.
O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) alcançou nota máxima no Ranking da Transparência do Poder Judiciário 2025, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O órgão integra um seleto grupo de 19 tribunais que atingiram 100% dos critérios avaliados. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), embora tenha superado 90% de atendimento aos requisitos, não figurou entre os quatro tribunais estaduais com pontuação máxima. O ranking demonstra evolução constante na transparência do Judiciário brasileiro, com 93 dos 94 tribunais avaliados superando 90% dos critérios.
Entre os 94 tribunais analisados em 2025, 93 atingiram mais de 90% de cumprimento dos critérios exigidos, sendo que 19 alcançaram 100% da nota. Nesse grupo de elite, está o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), que se juntou a outros cinco tribunais eleitorais reconhecidos nacionalmente: TRE-MA, TRE-RJ, TRE-RO, TRE-RR e TRE-SE.
Já na Justiça Estadual, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) superou os 90% de atendimento, mas não figura entre os quatro tribunais estaduais que conquistaram a nota máxima: Maranhão, Mato Grosso, Pará e Pernambuco. O desempenho confirma que a corte sul-mato-grossense mantém nível elevado de transparência, mas ainda abaixo do patamar dos líderes.
Além da esfera estadual e eleitoral, o levantamento também apontou destaque para o Tribunal Superior do Trabalho (TST), único tribunal superior a alcançar 100% dos itens avaliados, e para oito Tribunais Regionais do Trabalho espalhados pelo país.
O conselheiro do CNJ Caputo Bastos, responsável pelo anúncio do ranking, destacou que a transparência é um pilar fundamental da legitimidade do Judiciário. “A transparência no Poder Judiciário não deve ser vista como mera formalidade, mas como um valor essencial que sustenta a legitimidade das instituições e aproxima a Justiça da sociedade”, afirmou.
Em evolução constante, o ranking mostra que, desde 2022, os tribunais brasileiros vêm ampliando os índices de transparência. Se naquele ano apenas 66 órgãos superaram a marca de 90%, em 2023 foram 73, número que saltou para 93 em 2024 e se manteve em 2025.