Moeda norte-americana recua pela terceira sessão seguida; Selic alta e cortes de juros nos EUA influenciam
O dólar encerrou a sexta-feira (12) em R$ 5,3537, o menor nível desde junho de 2024, com queda de 0,69%. A moeda caiu pela terceira sessão consecutiva, influenciada pela Selic, a 15% ao ano, e pela expectativa de cortes de juros nos EUA. Investidores também acompanharam a condenação de Jair Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal) e possíveis retaliações do governo dos EUA.
Dólar fecha em mínima de 15 meses, cotado a R$ 5,35. A queda de 0,69% marca a terceira sessão consecutiva de desvalorização da moeda americana frente ao real, impulsionada pela Selic a 15%, expectativa de corte de juros nos EUA e repercussões da condenação de Jair Bolsonaro pelo STF. O Ibovespa recuou 0,61%, aos 142.272 pontos, após atingir recorde na véspera. A desvalorização do dólar reflete a influência de fatores internos e externos. Internamente, a alta Selic atrai investimentos estrangeiros. Externamente, a possibilidade de redução dos juros americanos diminui o interesse pelo dólar. O Banco Central interveio no mercado com leilões de dólares e swaps cambiais, aumentando a oferta da moeda e contribuindo para a queda. Analistas projetam que o dólar pode atingir R$ 5,30.
O Ibovespa recuou 0,61% aos 142.272 pontos após bater recorde na véspera. A baixa reflete a venda de ações para consolidar ganhos recentes. O mercado se mantém atento a indicadores econômicos e desdobramentos políticos internacionais.
Mais cedo, o Banco Central realizou leilões de US$ 1 bilhão em linha e 40 mil contratos de swap cambial para rolagem de vencimentos em outubro. A medida aumentou a oferta de dólares e reforçou a baixa da moeda no mercado. Operadores consideram que a ação deu liquidez e limitou oscilações.
Especialistas avaliam que a tendência do dólar ainda é de queda, podendo chegar a R$ 5,30. A moeda oscilou em alta na abertura, mas migrou para o território negativo ao longo do dia. A ausência de medidas concretas dos EUA permitiu a renovação das mínimas intradiárias.
No exterior, Wall Street fechou misto. O Nasdaq subiu 0,45%, no quinto recorde consecutivo, enquanto o Dow Jones caiu 0,59% e o S&P 500 recuou 0,06%. Na Europa, os mercados caíram, pressionados por ações do setor de saúde e pela expectativa sobre a nota de crédito da França. Na Ásia, as bolsas ficaram mistas, com alta em Hong Kong e queda na China.
O IBGE informou que o volume de serviços no Brasil cresceu 0,3% em julho, sexta alta consecutiva. Em relação a julho de 2024, houve avanço de 2,8%, com destaque para comunicação e serviços profissionais. Transportes e outros serviços recuaram, refletindo alta nos preços das passagens aéreas.
Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.