A sessão da CPMI do INSS desta segunda-feira (15) está mantida mesmo após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça deixar facultativa a ida de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, à comissão parlamentar mista de inquérito. Antunes foi preso na sexta-feira.
Quem garante é o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da comissão que investiga o desvio de mais de R$ 6 bilhões de aposentados e pensionistas.
“Nós estamos em contato com a defesa do suspeito e ele confirmou que deseja ir à CPMI para apresentar a versão que ele tem deste escândalo e de todos os fatos que estão sendo divulgados”, afirmou Viana neste domingo (14).
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O senador diz que está sendo coordenado um esquema de segurança junto com a Polícia Legislativa e a Polícia Federal para que o investigado “possa falar livremente e dizer aos brasileiros como tudo aconteceu”.
Mesmo que agora seja uma contribuição voluntária, e não mais convocação obrigatória, como tinha sido definido pela CPMI antes da decisão de Mendonça, Viana espera que o “Careca do INSS” traga informações relevantes.
Além de Antunes, o empresário Maurício Camisotti também foi preso na sexta e recebeu o mesmo “direito” de não comparecer à CPMI. O depoimento de Camisotti aconteceria na quinta-feira (18). “Estamos em contato com outros envolvidos e testemunhas se predispondo a ir à CPMI”, disse Viana.
Ambos os suspeitos foram presos pela Polícia Federal na sexta-feira no âmbito da Operação Cambota, um desdobramento da Operação Sem Desconto, realizada em abril.