Crédito, Reuters
O grupo palestino Hamas confirmou nesta quarta-feira (08/10) que um acordo foi alcançado com Israel, com mediação dos Estados Unidos, para encerrar a guerra em Gaza.
De acordo com a CBS, parceira da BBC nos EUA, o Hamas afirmou que o acordo “encerrará a guerra em Gaza, garantirá a retirada completa das forças de ocupação, permitirá a entrada de ajuda humanitária e implementará uma troca de prisioneiros”.
O Hamas agradeceu ao Catar, Egito, Turquia e ao presidente dos EUA, Donald Trump, por seus esforços de mediação.
O Hamas também pediu que Trump e outras autoridades internacionais garantam “que o governo de ocupação israelense cumpra integralmente os termos do acordo”.
O povo de Gaza “demonstrou coragem, honra e heroísmo incomparáveis”, acrescentou o Hamas.
“Jamais abandonaremos os direitos nacionais do nosso povo até que a liberdade, a independência e a autodeterminação sejam alcançadas.”
Pouco antes, Trump já havia anunciado que “Israel e Hamas assinaram a primeira fase” de um plano de paz, proposto pelo republicano.
“Isso significa que TODOS os reféns serão libertados muito em breve e Israel retirará suas tropas para uma linha negociada”, disse Trump na rede Truth Social.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comemorou a perspectiva de resgate dos reféns: “Com a ajuda de Deus, traremos todos para casa.”
Trump está “considerando viajar para o Oriente Médio” nos próximos dias, de acordo com a Casa Branca.
Mediadores dos EUA, Egito e Catar vinham há tempos tentando negociar um cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas.
O Ministério das Relações Exteriores do Catar também confirmou que um acordo para a primeira fase do plano de paz para Gaza foi alcançado.
“Os mediadores anunciam que hoje à noite foi alcançado um acordo sobre todas as disposições e mecanismos de implementação da primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza, que levará ao fim da guerra, à libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos e à entrada de ajuda”, publicou um porta-voz do ministério na rede social X, acrescentando que mais detalhes serão anunciados posteriormente.
O acordo ocorre dois anos após Israel lançar uma ofensiva campanha militar em Gaza em resposta ao ataque de 7 de outubro de 2023 — no qual homens armados comandados pelo Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram outras 251 reféns.
Desde então, pelo menos 67.183 pessoas foram mortas em operações militares israelenses em Gaza segundo o Ministério da Saúde local, administrado pelo Hamas.
*Mais informações em breve
**Com informações da BBC News