Letícia Vieira Pires também foi considerada culpada por estelionato e furto contra Gesualdo Xavier

A ex-comerciante Letícia Vieira Pires, 28, foi condenada a 31 anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelo assassinato do oficial de justiça aposentado Gesualdo Xavier, 67, o “Xaxá”, ocorrido no dia 22 de julho de 2024. O júri popular ocorreu nesta quarta-feira (8) no Fórum de Itaporã.
Uma ex-comerciante de 28 anos foi condenada a 31 anos e quatro meses de prisão pelo assassinato do oficial de justiça aposentado Gesualdo Xavier, 67, em Douradina (MS). O crime ocorreu em julho de 2024, quando Letícia Vieira Pires matou a vítima a facadas e ateou fogo no corpo às margens da BR-163.O júri, composto por sete mulheres, considerou a ré culpada de homicídio qualificado, destruição de cadáver, furto e estelionato. O crime foi motivado por uma fraude envolvendo R$ 84 mil da venda de uma caminhonete e um apartamento inexistente. Além da pena de reclusão, Letícia deverá pagar R$ 200 mil à família da vítima.
O crime aconteceu na margem da BR-163, no município de Douradina. Após matar Gesualdo a golpes de faca, a mulher ateou fogo no corpo. A vítima morava em Dourados, mesma cidade onde a autora era proprietária de uma conveniência.
Por maioria de votos, o júri formado por sete mulheres considerou Letícia culpada de homicídio qualificado, destruição de cadáver, furto qualificado e estelionato.
O presidente do Tribunal do Júri, juiz Evandro Endo, estipulou sentença de 23 anos e quatro meses por homicídio qualificado, um ano, nove meses e dez dias por estelionato contra idoso, cinco anos e três meses por furto qualificado e um ano por destruição parcial de cadáver.
Durante o julgamento, os advogados dela alegaram legítima defesa, mas os jurados rejeitaram a tese e votaram por acolher a denúncia feita pelo promotor Radamés de Almeida Domingos.
Além da sentença de 31 anos, quatro meses e dez dias de reclusão, Letícia foi condenada a pagar multa de R$ 1.821 e outros R$ 200 mil à família da vítima a título de reparação de dano. O magistrado rejeitou o pedido para que a ré pudesse recorrer em liberdade. Dessa forma, ela vai continuar presa para cumprir a pena.
Estelionato e furto – De acordo com a investigação policial, Letícia praticou o crime para ficar com R$ 84 mil da venda de uma caminhonete S10 pertencente a Gesualdo. Ela também teria negociado a venda de um apartamento inexistente para o aposentado.
Pressionada pelo oficial de justiça a entregar o apartamento ou devolver o dinheiro, Letícia teria planejado o assassinato. O corpo foi localizado no mesmo dia do desaparecimento e a autora foi presa no dia seguinte.
Após descobrir que Gesualdo mantinha contato com a dona da conveniência localizada na Avenida Hayel Bon Faker, os policiais foram até a casa dela e encontraram roupas sujas de sangue. Alguns pertences do aposentado, entre os quais o celular e uma corrente de ouro, também foram apreendidos na residência e na conveniência.
Segundo a polícia, Letícia Vieira Pires vendeu a caminhonete S10 do aposentado em uma garagem de Dourados e recebeu o pagamento em sua conta através de PIX. Supostamente, o dinheiro seria parte do pagamento do apartamento que ela dizia estar negociando com ele. Entretanto, o imóvel não existia.
Pressionada a devolver o dinheiro, Letícia decidiu matá-lo. Para colocar o plano em prática, convidou o aposentado a ir com ela até Campo Grande, para supostamente resolver a pendência do apartamento. No caminho, o matou a golpes de faca e tentou queimar o corpo, para eliminar vestígios.
O Ford Ka do aposentado foi abandonado por ela no cruzamento das ruas João Vicente Ferreira e Toshinobu Katayama, na área central. O carro tinha manchas de sangue.
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