As marcantes experiências da médica que prepara o último adeus de bebês


A médica neonatologista Lilia Embiruçu sentada em um sofá.

Crédito, Vitor Serrano/ BBC

Legenda da foto, A médica neonatologista Lilia Embiruçu lida diariamente com casos complexos vindos de todo o Estado da Bahia

    • Author, Marina Rossi
    • Role, Enviada da BBC News Brasil a Salvador
    • X,

Alerta: Essa reportagem contém depoimentos que podem sensibilizar ou entristecer.

Ao lado de uma grande caixa de papelão, a médica neonatologista Lilia Maria Caldas Embiruçu tira, uma a uma, roupinhas coloridas feitas de tricô e crochê.

“Aqui é um gorro”, diz ela, exibindo um pequeno capuz azul bebê, do tamanho de dois dedos da mão unidos. “Nem sempre é possível vestir, de tão pequenos que são, então colocamos nessa espécie de saco de dormir”, conta, mostrando um quadrado verde, do tamanho de um guardanapo de papel.

As roupas foram tricotadas para servirem em bebês minúsculos, que nasceram muito prematuramente e não sobreviveram, ou que já nasceram sem vida, em decorrência de malformações, questões genéticas ou até mesmo razões desconhecidas. “Você não encontra roupas desse tamanho nas lojas”, conta a médica. “Por isso temos que fazer, para que eles sejam enterrados com dignidade.”





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