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Em sua decisão em que pede a prisão domiciliar de Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes acusa o ex-presidente de produzir “material para publicação nas redes sociais de seus três filhos e de todos os seus seguidores e apoiadores políticos, com claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio, ostensivo, à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro.”
O ministro também se referiu às manifestações ocorridas neste domingo (3/7) em diversas cidades do país, em que Bolsonaro aparece por meio de uma ligação de vídeo no celular do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e em vídeo publicado pelo seu filho Flavio Bolsonaro.
“A participação dissimulada de Jair Messias Bolsonaro, preparando material pré-fabricado para divulgação nas manifestações e redes sociais, demonstrou claramente que manteve a conduta ilícita de tentar coagir o Supremo Tribunal Federal e obstruir a Justiça, em flagrante desrespeito as medidas cautelares anteriormente impostas”, escreveu Moraes.
O ex-presidente foi alvo de medidas cautelares em 18 de julho porque, segundo Moraes, haveria indícios de que ele estaria praticando ao menos três crimes: coação no curso de processo legal; obstrução de investigação; e atentado à soberania.
Entre as determinações impostas pelo STF, estavam o uso de tornozeleira eletrônica e o veto ao uso de redes sociais.