capivara queimada pode ter iniciado fogo


Moradores criaram barreiras de contenção para evitar que fogo avance na região

Incêndio próximo ao Parque Nacional da Serra da Bodoquena, em Mato Grosso do Sul, completa quatro dias e ameaça a reserva. A possível causa, ainda sob investigação, seria a queima de uma capivara morta à beira da estrada. Quinze brigadistas do ICMBio se juntaram aos bombeiros no combate às chamas, que avançam sobre o assentamento Canaã e áreas próximas. Moradores relatam dificuldades de acesso, medo e se mobilizam para proteger suas casas com barreiras de contenção. O fogo já atingiu áreas turísticas, como pousadas e a cachoeira Boca da Onça, e ameaça pelo menos cinco propriedades. Apesar de algum alívio durante a noite, o risco persiste, principalmente em áreas de difícil acesso na serra.

Queimada de capivara morta à beira da estrada pode ter dado início ao incêndio que, desde sexta-feira (12), consome áreas no entorno do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, a 265 quilômetros de Campo Grande. A informação é preliminar e só será confirmada após perícia, segundo o analista ambiental e chefe do parque, Sandro Pereira.

De acordo com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), 15 brigadistas saíram de Bonito na manhã desta segunda-feira (15) para reforçar o combate às chamas e impedir que o fogo invada o parque.

Equipes do Corpo de Bombeiros atuam no local desde o início da ocorrência, revezando-se a cada dia. Uma densa linha de fogo avança sobre o assentamento Canaã e áreas próximas, enquanto a fumaça pesada causa sintomas como dor de cabeça e tontura.

O proprietário do Refúgio Canaã, Aparecido Rojo Duarte, relatou o impacto do fogo em sua propriedade: “Só não queimou o mirante de madeira e uma pousada que tenho em cima do morro porque me preveni com pontos de água, mas queimou tudo em volta e o fogo continua. Ele está indo na direção oposta à Boca da Onça. Na parte do Refúgio Canaã, o fogo passou, queimou, mas seguiu para a frente e ainda está ativo. À noite, diminui porque é mais fresco, mas de dia, com calor, o fogo avança.”

Capivara queimada pode ter provocado incêndio próximo à Serra da Bodoquena
Foto tirada no sábado, em frente ao Refúgio Canaã (Foto: Direto das Ruas)

Moradores relatam medo e dificuldade de acesso. “O fogo já subiu o morro, onde fica a casa do meu filho. Estamos monitorando até de madrugada. Quando começa a ventar, dá até para ver as labaredas”, conta Darcy Carlos Santos, 63 anos, aposentada e moradora do campo Boa Vista, na linha do Refúgio Canaã.

Darcy e vizinhos fazem barreiras de contenção, retirando folhagem e molhando o terreno para proteger as casas. “Se tiver muito vento, pode atingir as árvores maiores. Precisamos de mais gente além dos bombeiros”, alertou Gerson Canhete Jara, proprietário da RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural).

Capivara queimada pode ter provocado incêndio próximo à Serra da Bodoquena
Área queimada na região da Serra de Bodoquena (Foto: Direto das Ruas)

Segundo o Corpo de Bombeiros, duas equipes de bombeiros florestais e uma de apoio de Bonito continuam o trabalho de contenção, com nova avaliação prevista para esta manhã. Moradores afirmam que, apesar de algum alívio durante a noite, o risco permanece, especialmente em áreas de difícil acesso da serra.

O fogo já ameaçou pelo menos cinco propriedades e chegou a áreas turísticas, incluindo pousadas e a cachoeira Boca da Onça, chegando ao 4º dia de queimadas nesta segunda-feira.

Colaborou Raíssa Rojas 

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