Empresas francesas planejam investir R$ 100 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos


ALEXA SALOMÃO
PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS)

Nos próximos cinco anos, um grupo de 14 empresas francesas planeja investir cerca de R$ 100 bilhões no Brasil. A cifra foi divulgada pelo presidente da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Jorge Viana, durante o encerramento do Fórum Econômico Brasil-França, em Paris.

Viana disse que o valor foi anunciado ao presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante reunião com os executivos dessas empresas, dentro da agenda de encontros da comitiva brasileira em sua visita oficial ao país.

O consolidado foi apresentado pelo presidente do conselho de administração da Engie, Jean-Pierre Clamadieu, que também integra o conselho da Business France, espécie de versão francesa da Apex. Com sede na França, a Engie está entre as maiores empresas privada de energia do Brasil.

Nas viagens ao exterior, o presidente tem buscado enfatizar o resultado comercial trazido por sua presença pessoal, como ocorreu na China, no mês passado. Marcaram presença em Paris nesta semana os empresários Marcos Molina, fundador da Marfrig, Wesley e Joesley Batista, da J&F Investimentos, e Rubens Ometto, do grupo Cosan, bem como executivos de empresas como Porto de Açu, BRF, Braskem, Vale, Engie, Schneider Electric, BB Seguridade e Caixa Seguridade. Ao encerrar o fórum, o presidente enfatizou o interesse de o Brasil reforçar os laços com a França.

Lula não citou os Estados Unidos ou a gestão de Donald Trump, que tem usado o aumento de tarifas numa nova escalada da guerra comercial global, mas afirmou que a economia não precisa de quem impõe taxação de forma desordenada. O presidente destacou a independência dos países.

“O mundo não tem dono, cada país é soberano e faz o que quiser”, afirmou.

Do lado da França, o ministro delegado para o Comércio Exterior e os Franceses no Exterior, Laurent Saint-Martin, mostrou que o país tem a mesma disposição. Saint-Martin reforçou que há 1.300 empresas francesas atuando no Brasil, que geram 500 mil empregos, e que é preciso ampliar o comércio bilateral entre os dois países. Hoje está na casa de US$ 10 bilhões, mas o potencial é maior.

Ele também não mencionou Trump, mas afirmou que é momento de os países questionarem quem acredita no livre comércio como canal para geração de emprego e desenvolvimento, e fazer as coalizões que importam.

Disse ainda que visitará o Brasil na virada de junho para julho, com uma comitiva empresarial, para reforçar os laços econômicos dos dois países.

O Fórum Econômico Brasil – França, em Paris, reuniu cerca de 600 executivos dos dois países para discutir relações econômicas bilaterais dentro de áreas como descarbonização, transição energética, infraestrutura, mobilidade, bem como o papel do setor privado na COP-30.

O evento bilateral foi promovido por meio de uma parceria entre CNI (Confederação Nacional da Indústria), ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e MEDEFi (Mouvement des Entreprises de France International).
– Presidente do Conselho de Administração da Engie, Jean-Pierre Clamadieu
– Diretor-Geral da Air France KLM, Ben Smith
– Thales, Hervé Derrey, CEO Thales Space
– Diretor-Geral da Danone, Antoine de Saint-Affrique
– Diretor-Presidente da Edenred, Bertrand Dumazy
– Diretora mundial de FIC (Cobertura de Instituições Financeiras), Sandrine Ferdane, BNP
– Diretora-geral do Groupe SETEC, Anne-Marie Choho
– Secretário-Geral da LVMH, Marc-Antoine Jamet
– Diretor-Geral adjunto da Saint-Gobain, Thierry Fournier
– Presidente do Conselho de Administração da Sanofi, Frédéric Oudea
– Presidente da Schneider Electric, Jean Pascal Tricoire
– Diretor-Presidente da TotalEnergies, Patrick Pouyanné
– Diretor-Presidente da Vicat, Guy Sidos
– La poste, Philippe Wahl, PDG



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