“Pedimos que as autoridades atuem com independência e coragem”, diz Juan Silvino Acosta

O governador do departamento de Amambay, Juan Silvino Acosta, emitiu um comunicado nesta terça-feira (19) cobrando justiça pela morte do deputado Eulálio “Lalo” Gomes. O político paraguaio foi executado a tiros em 18 de agosto de 2024 durante uma operação policial em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, a 313 quilômetros de Campo Grande.
Há um ano, o deputado paraguaio Eulálio “Lalo” Gomes foi morto a tiros durante uma operação policial em Pedro Juan Caballero, Paraguai. O governador Juan Silvino Acosta emitiu um comunicado cobrando justiça e transparência na investigação da morte do deputado, que era seu aliado político. Acosta destacou o compromisso de Gomes com o serviço público e a perda irreparável que sua morte representa para a população. Lalo Gomes era alvo de investigações por lavagem de dinheiro e supostos vínculos com o narcotráfico. Operações anteriores revelaram conexões com grupos criminosos e sua possível interferência em investigações policiais. A versão oficial aponta que Gomes reagiu à abordagem policial, mas a falta de informações sobre o andamento do caso levanta suspeitas de queima de arquivo. Acosta pede que as autoridades atuem com independência e coragem para garantir justiça.
Aliado político de Lalo, Acosta afirmou que a memória do deputado exige verdade e transparência. Ele pediu que as autoridades assumam a responsabilidade e atuem com independência e coragem.
“Hoje recordamos com profundo pesar o assassinato do deputado Eulálio ‘Lalo’ Gomes, ocorrido há um ano. Sua morte não marcou apenas sua família, mas todo o departamento de Amambay e o Paraguai, que perdeu um representante eleito pelo voto popular. Trabalhamos juntos por projetos em favor da população”, disse.
Ainda no comunicado, o parlamentar discorreu que Lalo “sempre demonstrou compromisso, generosidade e entrega ao serviço público. Sua ausência deixa um vazio irreparável. A um ano de sua partida, reiteramos nosso pedido firme: queremos justiça para Lalo Gomes”.
Ao finalizar, Juan Acosta pediu justiça: “A memória de um homem que dedicou sua vida ao povo exige verdade, transparência e responsabilidade das instituições. Pedimos que as autoridades atuem com independência e coragem. Justiça para Lalo Gomes. Justiça para o povo”.
O empresário colorado, no entanto, era alvo de mandados da Operação Pavo Real II. A ação investigava a lavagem de dinheiro ligada ao narcotráfico e supostos vínculos com o narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Paraguai.
Em 2019, a Operação Patrón revelou conversas entre Lalo e membros do “Clã Mota”, envolvidos em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O deputado também teria intercedido para remover um policial que investigava uma propriedade ligada ao grupo.
A morte – Segundo a versão oficial, Lalo reagiu com disparos contra os policiais que cumpriam os mandados em sua casa. Ele foi atingido e morreu pouco depois. Seu filho, Alexandre Gomes, também teria atirado contra os agentes e fugiu, entregando-se horas depois.
Até agora, não há informações públicas sobre o andamento da investigação de sua morte. A falta de esclarecimentos alimenta a suspeita de que a operação tenha sido uma queima de arquivo.
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