Crédito, Reprodução
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- Author, Mariana Alvim
- Role, Da BBC News Brasil em São Paulo
O subsecretário de Diplomacia Pública dos Estados Unidos, Darren Beattie, publicou em suas redes sociais nesta segunda-feira (8/9) uma postagem criticando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A postagem, na rede social X, foi feita após o Dia da Independência no Brasil e um dia antes do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro ser retomado no STF.
“Ontem foi o 203º Dia da Independência do Brasil. Foi uma lembrança do nosso comprometimento em apoiar o povo do Brasil que busca preservar os valores de liberdade e justiça. Para o juiz Alexandre de Moraes e indivíduos cujo abuso de autoridade atacou essas liberdades individuais, continuaremos com medidas apropriadas”, escreveu Beattie.
A situação de Bolsonaro na Justiça tem motivado retaliações do governo dos EUA, comandado por Donald Trump — a quem o ex-presidente do Brasil é alinhado ideologicamente.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PL-SP) e filho de Jair Bolsonaro, está morando nos EUA, onde vem pressionando o governo americano a aderir à pauta da anistia ao ex-presidente e seus apoiadores.
Recentemente, Eduardo postou em suas redes sociais foto de um encontro com Darren Beattie.
Aparecem na imagem também o ex-comentarista da Jovem Pan Paulo Figueiredo e o assessor sênior dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Ricardo Pita.
Na ocasião, a mensagem foi republicada pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.
Crédito, EPA
Em São Paulo (SP), uma enorme bandeira dos EUA foi estendida pelos manifestantes, que também exibiram cartazes agradecendo ao governo Donald Trump, criticando o STF e pedindo anistia.
Na ação penal a ser decidida em breve, Bolsonaro é réu por acusações de liderar organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano contra patrimônio da União; e deterioração de patrimônio tombado.
As acusações são de autoria da Procuradoria-Geral da República, que aponta para uma trama golpista que teria sido intensificada após a derrota de Bolsonaro para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas, em 2022.