Projeto celebra 10 anos oferecendo música, orientação jurídica e serviços gratuitos no Noroeste
O Projeto Tocar comemorou neste domingo (14) uma década de existência com a ação social “Doar é Amar”, que levou atendimentos gratuitos ao bairro Jardim Noroeste. Entre os serviços ofertados estavam aferição de pressão, cortes de cabelo, inclusão digital para idosos, orientação jurídica e educação sexual. A expectativa era atender cerca de 500 pessoas durante a manhã.
O Projeto Tocar celebrou dez anos de existência com a ação social “Doar é Amar” no bairro Jardim Noroeste, oferecendo serviços gratuitos como aferição de pressão, cortes de cabelo, orientação jurídica e educação sexual. Durante o evento, que pretendia atender 500 pessoas, um catador de recicláveis descobriu que pode solicitar aposentadoria por invalidez.A iniciativa também promoveu apresentações musicais com a bateria Fúria do Tigre e busca apoio para melhorias estruturais, incluindo reforma de banheiros e acessibilidade. O projeto, além de oferecer serviços gratuitos, trabalha com crianças e adolescentes através de aulas de percussão, visando afastá-los das drogas.
Um dos beneficiados foi Vânio dos Santos, 55 anos, catador de recicláveis. Ele procurou o evento para medir a pressão e aproveitou para tirar dúvidas sobre uma lesão na perna que o impede de trabalhar há mais de 10 anos. Com a ajuda da advogada voluntária, descobriu que pode solicitar aposentadoria por invalidez no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). “Ela já me indicou tudo certinho e vou fazer o que ela me orientou”, contou.
A advogada Laura Arruda Pinto, 37 anos, explicou que a maioria das consultas envolve benefícios previdenciários. “O esclarecimento é o mais importante, porque uma pessoa bem informada consegue tomar decisões mais efetivas e até questionar situações que não sejam benéficas para ela”, ressaltou.
Além dos atendimentos, a música também foi destaque, com apresentação da bateria Fúria do Tigre. O músico Damião Zacarias, 49 anos, que é deficiente visual e integra o projeto há 15 anos, contou que a percussão melhorou sua percepção auditiva. “Não dificulta nada, pelo contrário, escuto até quem não quer”, brincou.
O presidente do projeto, Júlio César, 49 anos, lembrou que a iniciativa tem como foco atender quem não tem condições de pagar pelos serviços. “Além da bateria, o projeto tira as crianças das drogas para aprender percussão sem custo nenhum”, destacou.
Já a fundadora e organizadora Nany Amorim, 40 anos, reforçou a necessidade de apoio para melhorias na estrutura. “Estamos precisando de materiais para reformar o banheiro, a parte de acessibilidade e inclusão social, porque atendemos pessoas com deficiência. Também precisamos de mais instrumentos para ampliar o trabalho”, disse.
Quem quiser colaborar pode entrar em contato pelos números: (67) 99321-1494 ou (67) 99957-8306.
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