J.R. Guzzo será sepultado neste domingo em São Paulo


O corpo do jornalista José Roberto Guzzo, conhecido como J. R. Guzzo, será velado neste sábado (2), no cemitério Congonhas, em São Paulo. A cerimônia ocorre entre 15h30 e 18h30, na rua Ministro Álvaro de Sousa Lima, nº 101, no bairro Jardim Marajoara, zona sul da capital paulista. O sepultamento está previsto para o domingo (3), às 10h30, no mesmo local.

Guzzo faleceu na madrugada deste sábado, aos 82 anos, vítima de um infarto. Considerado uma das figuras mais influentes do jornalismo brasileiro, era colunista da Gazeta do Povo. Ele também era integrante do conselho editorial e principal articulista da Revista Oeste, da qual foi fundador. Sua morte gerou ampla comoção entre leitores, colegas e autoridades, que lamentaram a perda de uma voz marcante na imprensa nacional.

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J. R. Guzzo é lembrado pelo compromisso com o jornalismo

José Roberto Dias Guzzo iniciou sua trajetória no jornalismo em 1961, com passagens por alguns dos mais importantes veículos de comunicação do Brasil e do exterior.

Ingressou na Veja em 1968 e foi diretor de redação da revista entre 1976 e 1991 — período em que a circulação semanal saltou de 175 mil para 1 milhão de exemplares. Em 2008, retornou à publicação como colunista. Guzzo também foi um dos idealizadores da revista Exame, que dirigiu com destaque.

Ao longo da carreira, comandou redações de veículos como Jornal do Brasil, Estado de S. Paulo, Zero Hora e Época. No exterior, atuou como correspondente em Paris e Nova York, cobrindo eventos históricos como a Guerra do Vietnã e a visita do presidente Richard Nixon à China, em 1972.

Nos últimos anos, consolidou-se como um jornalista de opinião forte e intransigente defesa da liberdade de expressão. Além de ser o principal colunista da Revista Oeste, escrevia regularmente para o Estado de S. Paulo e a Gazeta do Povo. Na televisão, apresentou por oito anos o programa Roda Viva, da TV Cultura, e participou do Oeste Sem Filtro. Também foi entrevistado no livro Eles Mudaram a Imprensa, da Fundação Getulio Vargas, e é autor de títulos como Minha Razão de Viver — Memórias de Samuel Wainer.

A trajetória de J. R. Guzzo é lembrada por sua coragem, lucidez e compromisso inegociável com a verdade. Colegas e políticos o descreveram como um “gigante do jornalismo brasileiro”, um “ícone” e “mestre de mestres”. Ele mesmo via o jornalismo como uma profissão “linda, maravilhosa”, em que o jornalista era “sempre o mocinho do filme” — e jamais cogitou fazer outra coisa. Para Ewandro Schenkel, diretor de redação da Gazeta do Povo, Guzzo tinha “uma visão de mundo e uma capacidade de análise que não encontram paralelo no jornalismo contemporâneo”.

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