Motta é vaiado na Paulista e tratado como “inimigo da nação”


Os milhares de manifestantes que foram às ruas neste domingo (3), além de prestarem apoio ao impeachment de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e pedirem a queda do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), criticaram o Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Na Avenida Paulista era possível ver banners do deputado com os seguintes dizeres: “esse são os inimigos da nação”. Além disso, os manifestantes vaiaram seu nome quando dito em discurso pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG)

Outras figuras políticas como o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e deputados apresentados contra a anistia aos presos do 8 de janeiro também tinham banners públicos com críticas.

Uma das principais pautas para os manifestantes e os parlamentares que discursaram nos carros de som neste domingo é a anistia. Motta é acusado por parte do eleitorado de direita de obstruir o andamento do projeto no Legislativo.

Em entrevistas recentes, o presidente da Câmara foi enfático ao afirmar que não permitirá que o projeto da anistia interfira em temas centrais da pauta econômica. “Em um cenário de crise internacional, não podemos ter uma crise institucional. Temos que ter diálogo. Não vamos misturar essas pautas, vamos usar todo o nosso tempo com responsabilidade”, disse em entrevista à CNN Brasil em abril deste ano.

Motta afirma que enxerga nos pedidos de anistia uma “pauta válida”, entretanto, diz que não é se distanciando das instituições que o país encontrará a saída para esses problemas.

“Não vamos ficar restritos a um só tema, vamos levar essa decisão ao Colégio de Líderes, vamos conversar com o Senado e com os Poderes Judiciário e Executivo, para que uma solução de pacificação possa ser dada. Aumentando uma crise, não vamos resolver esses problemas, não embarcaremos nisso”, afirmou, também em abril, durante evento da Associação Comercial de São Paulo.

Fotos manifestações Alexandre MoraesMultidão tomou a avenida Paulista no centro da cidade de São Paulo. (Foto: Reprodução/Youtube Silas Malafaia)

O ato em São Paulo foi organizado pelo pastor Silas Malafaia e contou com a presença de parlamentares influentes, como o Nikolas, que foi à capital paulista logo após deixar a manifestação em Belo Horizonte, o deputado federal Marcos Feliciano (PL-SP) e o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.

Em um dos discursos mais contundentes contra Moraes, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) se dirigiu ao público perguntou qual a semelhança entre o ministro e o Primeiro Comando da Capital (PCC). “Ambos são sancionados pelos Estados Unidos, pela Lei Magnitsky”, disse. O parlamentar, assim como os demais discursantes, também pediu por anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Além da capital paulista, manifestantes saíram às ruas em mais de 30 cidades pelo país. Com as tradicionais camisas e bandeiras do Brasil, as milhares de pessoas criticaram às medidas restritivas impostas por Moraes ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), que teve que acompanhar os atos de casa em razão de ter sido proibido pelo STF de deixar sua residência aos finais de semana.



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