Motta se diz favorável à punição de parlamentares que ocuparam mesa da Câmara


O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta (8) que é favorável “individualmente” à punição aos parlamentares que ocuparam a mesa diretora por quase dois dias nesta semana em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A mobilização começou na terça (5) e terminou na noite de quarta (6) após intensas negociações e sob uma alegada condição de que ele colocasse em votação o projeto de lei da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 — o que foi negado por ele posteriormente.

A decisão sobre eventuais punições aos envolvidos será decidida durante uma reunião da mesa diretora da Câmara nesta tarde e pode envolver tanto os deputados que se recusaram a sair da tribuna de comando do plenário como os que supostamente promoveram agressões.

“Não é uma decisão exclusiva do presidente, é da mesa diretora, e vamos avaliar essas possíveis punições. Desde o dia de ontem (quinta, 7) estamos analisando as imagens, infelizmente tivemos também casos de agressão que não são permissíveis. […] Individualmente, eu acho que deve ter [punição], porque o que aconteceu foi grave até para que não volte a acontecer”, disse Hugo Motta em entrevista à CNN Brasil.

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O deputado justificou a possibilidade de punições a parlamentares que supostamente agrediram seus pares com casos recentes envolvendo Gilvam da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG), que ficaram três meses suspensos. Uma eventual decisão contra os parlamentares, disse, será enviada ao Conselho de Ética, o qual dará a resposta final.

Motta afirmou, ainda, que o Brasil vive hoje um cenário desafiador com uma crise entre os poderes, um ex-presidente está preso e o atual, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já trabalhando para a reeleição, tomando decisões políticas com vistas à disputa de 2026.

“E tivemos essa semana um episódio triste que nunca antes havíamos vivido. […] Não estavam fazendo a coisa correta, na minha avaliação”, afirmou o presidente da Câmara sobre a o obstrução física dos trabalhos pelos partidos de oposição. Ele, no entanto, voltou a negar que tenha feito algum acordo para encerar a ocupação.

“Sempre colocamos que não estaríamos ali negociando pautas para que a normalidade fosse retomada, e não há nenhum tipo de negociação. Não negociamos a condição de presidir”, completou Hugo Motta.



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