“Para ser grande no mundo é preciso ser grande no Brasil”, diz presidente da Wella


Há cinco anos, a Wella deu início a uma nova etapa de sua trajetória, deixando de ser uma divisão do grupo Coty para se tornar uma empresa independente. A mudança refletiu positivamente na operação brasileira – uma das cinco maiores da companhia em todo mundo –, que teve vendas triplicadas no país desde 2020.

Nos últimos cinco anos, crescemos de forma exponencial e a razão disso é porque começamos a ter voz dentro da companhia e liberdade para trazer iniciativas corretas para o consumidor brasileiro. Quando nos tornamos independentes, passamos a ter um pouco mais as rédeas do nosso estilo”, afirma Guilherme Catarino, presidente da Wella Company no país.

O executivo lembra da grande diversidade da população do Brasil, onde são encontrados os oito tipos de cabelos catalogados no mundo. “O Brasil tem vários países dentro de um e isso é uma maravilha para uma companhia que gosta de investir em pesquisa para desenvolver produtos para seus consumidores.

Por isso, a Wella já teve alguns exemplos de adaptação do portfólio global, com produtos criados, em um primeiro momento, para o mercado brasileiro. “Quando lançamos a linha Ultimate Repair globalmente, ela não tinha máscara, mas esse é um produto muito importante para a consumidora brasileira em seu tratamento capilar. Então ela foi introduzida no portfólio no Brasil e depois expandida para o mundo”, diz Catarino.

Inovações para o mercado brasileiro expandidas para o mundo

Ele destaca também a linha Ultimate Luxe Oil, pré-lançada no mercado brasileiro, além de BlondorPlex, a primeira linha co-criada por um cabeleireiro brasileiro, o embaixador global de Wella Professionals Romeu Felipe. “A qualidade dos cabelereiros no Brasil é fora da curva e são nossos artistas e embaixadores que nos auxiliam a entender o que a consumidora precisa. Por isso que a Wella, desde sua origem, se preocupa com a profissão do cabelereiro, pensando em como ele pode ser um profissional melhor e enaltecer a indústria.

A companhia investe forte em educação, formando cerca de 7 mil profissionais apenas no Studio Wella do Rio de Janeiro e no de São Paulo, que acaba de ser reinaugurado em novo endereço, mais moderno e com capacidade ampliada. Além de centros de ensino comandados por parceiros e a plataforma WellaEdu, todo ano a empresa ainda realiza o Win Education, o maior evento latino-americano de Wella Professionals, marca profissional número um no Brasil.

A edição 2025, realizada entre 1 e 4 de setembro, na Costa do Sauipe, reuniu cerca de 500 profissionais do setor para workshops, palestras e desfiles com os embaixadores e apresentou no Brasil o novo manifesto da marca, “Make it You”. “Essa campanha global de Wella Professionals fala muito de ser você mesmo, de acreditar no seu potencial. Então vemos muita diversidade em cores e texturas, com uma identidade única sendo valorizada”, explica Felipe.

Durante o evento, o embaixador global da marca apontou como tendência cores mais naturais, monocromáticas e personalizadas, destacando tons marrons, dourados, acobreados. “Hoje a mulher busca não só aquele cabelo super louro. A consciência mudou e, para o futuro, o carro chefe são os tratamentos. Sem cabelo saudável a gente não consegue fazer uma boa cor, um bom corte.”

Investimento comprova interesse da companhia no Brasil

A Wella Company também vem investindo em estrutura. No ano passado, inaugurou em Extrema (MG) um centro de distribuição, um dos maiores da multinacional no mundo.A Wella está há 70 anos no país. Esse é um tipo de investimento que comprova que a empresa quer ficar por aqui mais 70 anos, mais 100 anos. Temos um mercado de beleza muito importante para quase qualquer companhia. Para ser grande no mundo é preciso ser grande no Brasil”, afirma Catarino.

Até o momento, a Wella não tem fábrica própria no país, trabalhando com produção por TPMs (Terceiros para Produção Manufaturável). A divisão profissional, com as marcas Wella Professionals, Sebastian, Nioxin e OPI (esmaltes), representa cerca de 60% do faturamento, tendo 60% dos produtos importados das fábricas da Alemanha e México e aproximadamente 40% dos produtos produzidos no Brasil. A divisão de consumo massivo, com Koleston e Soft Color, representa os outros 40% do faturamento total e tem praticamente toda a produção local, segundo o diretor.

Ele não revela se há planos de construir uma fábrica no Brasil. “Posso dizer que estamos fazendo o melhor para o consumidor brasileiro e para a companhia a longo prazo. Nossos planos de crescimento no país são muito importantes e acreditamos que vamos continuar a crescer com duplo dígito alto e nos manter em posição de liderança, trazendo inovações que aportem valor para a indústria.



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