Fruta “forra o chão” e chama atenção de quem passa e serve de alimento para moradores e passarinhos
Na movimentada Avenida Mato Grosso, entre as ruas Brasil e Bahia, um pé de amora chama atenção por estar carregado de frutos maduros que chegam a forrar o chão. Apesar de não ter um dono oficial, a árvore faz parte de um mini pomar urbano que também inclui coqueiros, aceroleira, limoeiros e um pé de goiaba. O espaço é cuidado informalmente por trabalhadores e moradores da região.
Um pé de amora carregado de frutos chama a atenção na Avenida Mato Grosso, em Campo Grande, entre as ruas Brasil e Bahia. A árvore, parte de um pequeno pomar urbano com coqueiros, aceroleira, limoeiros e um pé de goiaba, não tem dono definido, mas é cuidada informalmente por trabalhadores e moradores locais. Plantadas há mais de uma década por um funcionário de um prédio vizinho, as árvores cresceram lentamente. Hoje, o pé de amora, com seus frutos maduros forrando o chão, atrai a atenção de pedestres que colhem as frutas e serve de alimento para pássaros. A iniciativa demonstra como a natureza pode prosperar em meio ao ambiente urbano, integrando a comunidade e oferecendo um ponto de encontro inusitado.
João Silva Amorim, de 50 anos, porteiro do Sebrae há 25 anos, acompanha diariamente o crescimento das árvores. Ele conta que todas foram plantadas há mais de dez anos por um funcionário de um prédio vizinho, que trouxe as mudinhas e cuidava delas especialmente nos períodos de seca.

“Um senhor que trabalha nesse prédio da frente plantou na época. Quando chegava o tempo da seca, ele vinha e molhava. Todas essas plantas foram ele que plantou. Ele que cuidava”, explicou João.
O porteiro destaca que o crescimento das árvores foi lento, levando quase dez anos para que o pé de amora atingisse o porte atual. Hoje, a árvore impressiona quem passa, com seus galhos carregados de pequenas frutas. Pedestres param, observam e, muitas vezes, colhem algumas frutas.
“Várias pessoas vêm aqui, param do outro lado da rua e colhem as frutas. Vão lá no Sebrae, mas fazem uma parada aqui… É uma coisa que chama atenção”, relata João.
Além de servir de “tira gosto” aos humanos, a árvore é um ponto de alimento para os animais. Passarinhos como bem-te-vis e rolinhas visitam a árvore para se alimentar das amoras.
“Não é bom só pra gente, mas pra natureza também. Muito passarinho vem aqui e pega a fruta”, acrescenta João, que também aproveita para colher frutas para consumo próprio e para os funcionários do Sebrae. Ele conta que a acerola, por exemplo, é transformada em suco por uma funcionária, integrando o mini pomar ao “quintal” do prédio.
A reportagem entrou tentou contato com a síndica do condomínio onde trabalha o suposto responsável pelo plantio, mas ela não quis dar entrevista. Um jardineiro do local explicou que tenta regar as plantas em períodos de seca intensa, mas a mangueira não alcança todas elas.
Para os moradores e frequentadores, o pé de amora é uma surpresa agradável. Duas pessoas que passavam pelo local se mostraram admiradas com a quantidade de frutas e planejaram voltar com a filha para colher algumas.
A amora é uma fruta típica do verão e do outono, com colheita que geralmente se inicia entre setembro e novembro e pode se estender até fevereiro em algumas regiões. Os frutos devem ser colhidos quando completamente pretos, devido à rápida maturação e à facilidade com que se estragam.
No coração da Avenida Mato Grosso, o pé de amora carregado é mais do que uma árvore: é um símbolo de resistência da natureza, um ponto de encontro da comunidade e um lembrete de que a vida verde pode florescer mesmo em meio ao asfalto.
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