A Praça dos Três Poderes amanheceu cercada por grades neste sábado (26), um dia após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a retirada de deputados acampados em frente à Corte e proibiu a instalação de novos acampamentos no local. Apesar de os parlamentares terem deixado a área na noite anterior, toda a praça permaneceu totalmente fechada, impedindo inclusive o acesso de turistas à área central de Brasília.
Grades de ferro e barreiras foram colocadas ao longo de toda a praça — que leva esse nome por estar situada entre os edifícios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Os próprios prédios também foram cercados com estruturas de segurança instaladas pelas equipes de cada poder.
Com o bloqueio, atrações como a Casa de Chá — cafeteria projetada por Oscar Niemeyer no subsolo da praça — ficaram inacessíveis ao público durante todo o sábado. Até o meio-dia, o governo do Distrito Federal ainda não havia divulgado previsão de reabertura da área. Ao longo da manhã, diversos turistas passaram pelo local e reclamaram da impossibilidade de acesso.
Na decisão de sexta-feira, Moraes justificou a proibição de “qualquer tipo de acampamento” como uma forma de prevenir “novos eventos criminosos semelhantes aos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023”, quando centenas de manifestantes invadiram a praça e prédios públicos. No entanto, a decisão não faz menção direta ao isolamento completo da área nem à instalação de barreiras que impeçam o livre acesso de turistas ao local.