Senadores sugeriram “porrada” para retirar oposição do plenário



Durante a ocupação da Mesa Diretora do Senado por parlamentares da oposição, parte da base governista chegou a discutir a possibilidade de uma intervenção física para retirar os manifestantes. Segundo apuração da revista Veja, em meio ao impasse, o senador Cid Gomes (PDT-CE) teria sugerido reunir “dez senadores homens” para “acabar com isso”, numa referência direta a enfrentar os oposicionistas no plenário.

A ação da oposição ocorreu em protesto à prisão domiciliar decretara pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, na segunda-feira (4).

A fala de Cid teria ocorrido enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), avaliava alternativas para encerrar o protesto pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Acionar a força policial era visto como arriscado por poder gerar acusações de truculência contra a Presidência da Casa. A participação direta de senadores, por outro lado, poderia ter repercussão política diferente, mas também carregava alto potencial de desgaste.

A proposta não foi adiante. Alcolumbre optou por negociar a saída pacífica dos manifestantes, estratégia que evitou confronto físico, mas não escondeu a irritação de governistas. Integrantes da base consideraram a ocupação “ultrajante” para a imagem institucional do Senado e defenderam medidas mais duras para evitar que episódios semelhantes se repitam.

Após quase dois dias de ocupação, senadores de oposição chegaram a um acordo para encerrar a ocupação da Mesa Diretora após uma sinalização de que os projetos pedidos como condição para a liberação podem ser apreciados mais para frente.

“Estamos nos retirando da mesa do Senado para que os trabalhos possam fluir normalmente, estamos desobstruindo e colocando a nossa posição de participar do debate. […] E esperamos, de fato, discutirmos e trabalharmos as pautas que interessam a todos, independente da questão ideológica e da preferência de quem quer que seja”, disse o senador Rogério Marinho (PL-RN) na quinta-feira (7).



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