só 31,6% da área foi colhida


Em anos anteriores, mais de 90% da produção já teria sido retirada do campo nesta época, diz Aprosoja

Colheita do milho safrinha segue lenta e alcança 31,6% da área cultivada
Maquinário faz a colheita do milho em Mato Grosso do Sul. (Foto: Geizibel Gomes/Aprosoja)

A estiagem que atinge Mato Grosso do Sul deve contribuir para acelerar a colheita do milho da segunda safra, que segue em ritmo lento e com atraso em relação ao ano passado. Segundo a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja), até a quarta semana de julho apenas 31,6% da área cultivada foi colhida, o equivalente a 644 mil hectares.

Estiagem em Mato Grosso do Sul acelera colheita de milho da segunda safra, que apresenta atraso significativo. Até a quarta semana de julho, apenas 31,6% da área plantada foi colhida, contra 65,9% no mesmo período do ano anterior. O atraso de 34,3 pontos percentuais reflete o plantio escalonado devido à falta de chuvas no início do ciclo, que resultou em desenvolvimento desuniforme das lavouras. Sul do estado lidera colheita com 35,7%, seguido pelas regiões Central (24%) e Norte (19,7%). Gargalos logísticos em unidades de armazenamento da região central, com filas de até quatro dias para descarregar caminhões, também impactam o andamento dos trabalhos. Apesar dos desafios, a produção estimada é de 10,2 milhões de toneladas, 20,6% superior à safra anterior, com produtividade média de 80,8 sacas por hectare.

Historicamente, mais de 90% da área já estaria colhida nesta época. A expectativa é que o pico da colheita ocorra em agosto, conforme o levantamento do Siga (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), coordenado pela entidade. No mesmo período de 2024, o índice era 65,9%, o que representa um atraso de 34,3 pontos percentuais neste ano.

O sul do Estado é a região mais adiantada, com 35,7% da área colhida. Em seguida vêm as regiões Central, com 24%, e Norte, com 19,7%.

Segundo o assessor técnico da Aprosoja, Flávio Aguena, o atraso é reflexo do escalonamento no plantio, provocado pela falta de chuva no início do ciclo. “O desenvolvimento das lavouras ficou desuniforme. Além disso, chuvas no final do ciclo também atrasaram o início da colheita em algumas regiões”, afirmou.

Técnicos de campo da associação também relatam gargalos logísticos em unidades de armazenamento da região central. Com dificuldade para descarregar os caminhões, há filas que chegam a quatro dias de espera, o que também atrasa o avanço da colheita nas lavouras.

Apesar dos entraves, a produção estimada para este ano é de 10,2 milhões de toneladas de milho, com produtividade média de 80,8 sacas por hectare. O volume representa crescimento de 20,6% em relação à safra anterior.

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