Crédito, Getty Images
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- Author, Jake Lapham e Jamie Whitehead*
- Role, BBC News
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O presidente dos EUA, Donald Trump, fechou um acordo comercial com a União Europeia neste domingo (27/7), após reuniões com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na Escócia.
As tarifas dos EUA sobre os produtores europeus serão de 15% em todos os setores.
Trump havia ameaçado anteriormente uma tarifa de 30% contra os europeus.
Mais cedo, o presidente americano havia confirmado que as novas tarifas dos EUA entram em vigor em 1º de agosto.
Ele também disse que está “olhando para três ou quatro outros países” com os quais também pretende fechar acordos, sem especificar quais.
O acordo com a UE também inclui promessas de investimentos no valor de bilhões de dólares e compras de energia por parte dos europeus.
Segundo Trump, a UE comprará US$ 750 bilhões em energia, além de aumentar o investimento geral nos EUA em US$ 600 bilhões.
O presidente dos EUA classificou o acordo como o “maior já feito”
Trump anunciou o acordo ao falar com jornalistas em seu resort de golfe em Turnberry, na Escócia, logo após uma breve reunião com Ursula von der Leyen.
“Isso vai nos aproximar… é uma parceria, de certo modo”, acrescentou Trump.
O presidente americano também disse que o acordo será “ótimo para carros” e terá grande impacto na agricultura.
A chefe da UE celebrou o acordo, chamando-o de um “grande negócio”, alcançado após “negociações difíceis”.
Análise: Os dois lados vão anunciar ‘vitória’
Por Jonathan Josephs, repórter de economia da BBC News
Após semanas de negociações tensas entre seus principais representantes comerciais, a União Europeia e os Estados Unidos finalmente fecharam um acordo.
No fim das contas, foi necessário que seus líderes se sentassem frente a frente para chegar a um consenso.
Isso também foi visto em outros acordos firmados pelo presidente Trump — seu envolvimento pessoal foi o que garantiu o avanço das negociações, mesmo quando parecia que um acordo não seria possível.
O fato de o acordo ter sido alcançado é importante para ambos os lados, já que muitas empresas e empregos dependem do que a UE chama de “a maior relação bilateral de comércio e investimento do mundo”.
Tanto o presidente Trump quanto a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, podem apresentar isso como uma espécie de vitória.
Para a União Europeia, as tarifas poderiam ter sido piores — 15% em vez dos 30% que haviam sido ameaçados —, embora não tão favoráveis quanto a taxa de 10% aplicada ao Reino Unido.
Para os EUA, isso representa a expectativa de cerca de US$ 90 bilhões em arrecadação tarifária com base nos números de comércio do ano passado, além de US$ 600 bilhões de investimentos que agora devem entrar no país.
*Com Vitor Tavares, da BBC News Brasil