Conforme a corporação, foram utilizados cerca de 40 mil litros de água para conter risco de incêndio
Ao todo, foram cinco mil litros de querosene de aviação despejados nas ruas do Bairro Nova Campo Grande, na manha desta quinta-feira (6). O incidente foi provocado por uma falha mecânica em uma válvula do tanque traseiro de um caminhão que realizava o transporte do combustível. A situação mobilizou uma grande operação de contenção e prevenção a incêndios.
Vazamento de querosene de aviação mobiliza bombeiros em Campo Grande. Cerca de 5 mil litros de combustível vazaram de um caminhão na manhã desta quinta-feira (6), no Bairro Nova Campo Grande, após uma falha mecânica em uma válvula. O incidente ocorreu enquanto o veículo estava em uma borracharia.Bombeiros utilizaram 40 mil litros de água e líquido gerador de espuma para conter o risco de incêndio. A espuma resfriou o tanque, evitou a formação de gases e cobriu a área contaminada. O combustível escorreu para bocas de lobo, e técnicos ambientais trabalham para evitar a contaminação de córregos. A polícia ambiental esteve no local, mas não se pronunciou. Ninguém ficou ferido.
Segundo o segundo-tenente Vinícius Nascimento de Casta, do Corpo de Bombeiros, o problema aconteceu quando o veículo encostou em uma borracharia na esquina das ruas 51 e 57 para consertar os pneus. “Houve uma falha na válvula da parte posterior do caminhão, e o combustível começou a vazar. O caminhão tem três compartimentos; o vazamento foi no último deles”, explicou o oficial.
Para conter o risco de incêndio, os bombeiros utilizaram cerca de 40 mil litros de água e lançaram LGE (Líquido Gerador de Espuma) na área afetada. “A espuma foi utilizada de forma preventiva para resfriar o tanque, evitar a formação de gases inflamáveis e cobrir a área contaminada, reduzindo o risco de ignição”, completou Casta.
Testemunhas relataram que ouviram um forte estouro quando o caminhão encostava no local. Inicialmente, pensaram que se tratava da explosão de um pneu. O som, segundo o Corpo de Bombeiros, foi o estouro de uma peça do sistema de ar do caminhão, que acabou comprometendo a válvula do tanque.
A situação causou pânico em quem estava por perto. O borracheiro Alex Góis de Araújo, de 24 anos, presenciou o vazamento. “Estourou lá embaixo e começou a vazar. Pedimos no susto para ele puxar para a rua. Foi um barulho forte, achamos que era pneu”, relatou.
O risco foi potencializado pelo fato de o caminhão ter permanecido por alguns minutos no pátio da borracharia, onde há ferramentas que geram faíscas. Além disso, outro caminhão, carregado com botijões de gás, estava estacionado ao lado. “Até os bombeiros chegarem, estava passando motorista toda hora, duas mulheres de moto quase escorregaram no querosene”, contou Ondinei Barreto, de 42 anos.
Outro ponto crítico foi o escoamento do combustível para as bocas de lobo. Técnicos da Ambipar, empresa especializada em emergências ambientais, foram acionados e iniciaram o processo de rastreabilidade para evitar que o querosene chegue aos córregos da região. O motorista do caminhão acompanhou os técnicos da empresa para ver até onde chegou o querosene.
A Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) esteve no local mas não quis conversar com a reportagem.
Apesar do susto e da gravidade da ocorrência, ninguém ficou ferido. As ruas seguem interditadas para a limpeza e remoção de resíduos inflamáveis. Ainda não há informações se o motorista do caminhão será responsabilizado pelo dano ambiental.
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